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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA - Como fazer um brainstorm?

TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA

Como fazer um brainstorm?

Ida: Calma! Não saia por aí rodando a saia ou chamando Baiana de Cigana. Minha alma não será lida, doida varrida.

Esdrúxulo?

Percebeu as associações primárias?

Não?

Repetindo:

Ida*: Calma!º Não saia¹ por aí rodando² a saia¹ ou chamando² Baiana³ de Cigana³. Minha almaº não será lida*, doida varrida*.

E agora, fixou?

As orações acima são como ladainhas: sequenciais numéricos de uma rima religiosa.

Um pequeno brainstorm acaba de respingar por aqui.

Simples, a prática envolve tecnismos convencionais. Nada mais nada menos, que mecanismos cerebrais.

Bueno...

A partir de agora, quem resbalar por este texto, corre o risco de cair na malha fina, na teia das idéias, na peneira dos grandes talentos, onde o mercúrio divide o ouro da areia. Mas neste caso, aqui vai um conselho: Arme-se de criatividade e previna-se dos assassinos.

Por quê?

Pelo simples motivo que a validez e a viuvez, expressos também em um BS, são associações desiguais. Portanto quem mata o insight alheio torna-se um criminoso, lesando a si mesmo.

É válido afirmar que ouro escovado pelos detentos é chave mixa para abrir as portas de todas as portas, inclusive as jaulas mentais.

Bom...feitas as preces, agora, minha contribuição será mais estrutural do que convencional.

Vejamos...

Qualquer plataforma de discussão ou debate entre os envolvidos no processo de BS, antes de mais nada e se encarada como excercício metodológico, deve, sem dúvida, apresentar organização e o mínimo de coerência, haja vista os objetivos diretos, semi-diretos e indiretos do BS e a importância deste no todo organizacional.

Como já sabemos, a tradução literal do termo aponta o seguinte:"Tempestade Cerebral". O que não significa que a natureza da prática de BS deva ser tempestuosa, desorganizada e, porque não, competitiva.

As já conhecidas palavras aSSaSSinaS, famosas pelo aspecto depreciativo, são típicas e rondam nosso imaginário. E pelo visto, andam em grupo, verdadeiras Serpentes.
São exemplos sanguinários: Não! Isso não vai dar certo. Tá louco, isso não se aplica. Tá errado! Esquece, desiste. Essa idéia ninguém compra. De onde ele tirou essa idéia, mas que absurdo. Impossível! Impraticável, nem pensar. Sem chance, não tem jeito. Já era!

Não, não e não! ... E assim por diante.

Tais chavões são e sempre serão, reflexo do EU, maiúsculo na sua essência, mas minúsculo diante do todo. Quando isso deixa de ocorrer, a técnica é de grande valia para qualquer organização. E sua complexidade começa a ser traduzida em resultados quando a gerência, presente nas dinâmicas, consegue administrar e decodificar a carga de sugestões, a fim de implementá-la conforme a necessidade/aproveitamento de cada experiência nas rotinas da empresa.

As técnicas de um BS são variadas, podendo ser in loco ou externas:

• De associação clássica
• De multiassociação
• De hiperligação
• De concatenação
• De sensação táctil
• De conexão e extrapolação
• Dinâmicas competitivas
• Dinâmicas multimeios
• Grupos de discussão
• Prematurização e incubação
• Intervenções cênicas ou artísticas
• Técnicas de representação gráfica
• Diálogo face to face (1/1) ...entre outras...

Por fim, a eficácia do método pode ser claramente medida, tornando-se um ativo para a empresa.

Nada se cria? Ledo engano.
Tudo se recria? Quase lá.

Então, qual o objetivo do BS?

Inovar
Visão sistêmica para
Criar



Texto de:
Marcelo Petter de Vargas
Redator Publicitário

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