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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

FreeMium: a “nova” economia digital

O nome pode soar um pouco estranho para muitos e até parecer uma novidade para outros. O fato é que esse é um modelo usado há algum tempo por muitos softwares e ultimamente vem sendo uma ótima opção para sistemas web. Conhecido como Freemium, uma junção de duas palavras de origem inglesa, Free + Premium, nada mais é do que um conjunto de serviços básicos oferecidos gratuitamente, com a possibilidade de agregação de um conjunto de serviços avançados oferecidos a um valor ou plano, que poderá enriquecer sua ferramenta.

Veja os tipos mais comuns de Freemium:

  • Ordem de aquisição do produto: o usuário faz uma solicitação para uso do produto e a empresa dona do sistema libera acesso ou envia convites a esses usuários solicitantes. Exemplos disso são o Google Wave e o Google Voice, mostrando as novidades iniciais de seus produtos, que futuramente oferecerão alguns serviços adicionais pagos
  • Limite de funcionalidades: inicialmente aplicado a softwares desktop, onde tínhamos limites de conversão de musicas ou quantidades de gravações em CDs, hoje é adotado aos sistemas web, onde as funcionalidades adicionais seriam pagas;
  • Tempo de utilização limitado: geralmente o desenvolvedor oferece parte do sistema comotrial (expira depois de alguns dias), assim o usuário usa com 100% das funcionalidade e, caso se interesse, paga para continuar utilizando;
  • Perfil de usuário: de acordo com o tipo do usuário, sendo ele desenvolvedor ou usuário final ou empresa, variam valores e níveis de acesso.

Em alguns sistemas, os usuários Premium não recebem propagandas e anúncios, como uma bonificação por pagarem pelo serviço. Em contrapartida, os usuários Free acabam recebendo as propagandas; muitas vezes elas são a única forma de manter o serviço.

Na teoria, o modelo Freemium parece bom, uma ótima saída para o mundo Free da web, mas, na prática, a história não é bem assim. O grande problema está no fato de a maioria dos usuários não precisar ou não querer mais recursos para sua ferramenta, e embora a minoria contrate o serviço pago, o risco é muito grande de serem poucas as solicitações.

Por esses e outros motivos é que os sistemas voltados a empresas acabam dando resultados positivos e lucrativos. Empresas geralmente buscam serviços de alta qualidade, com suporte técnico, backup, sem risco de ficarem sem o serviço por falha ou qualquer erro de desenvolvimento e outros detalhes que não ponham em risco ou falhem quanto a assuntos e serviços pertinentes à corporação.

Confira alguns sistemas web ou softwares que são baseados nessa filosofia:

  • Skype: usa o VoIP para fazer ligações via web para outro software, telefone fixo ou celular. Ligações para a web não têm custo, mas se ligar para um telefone será tarifado pela empresa fornecedora do software;
  • Google: sistemas de emails corporativos, propagandas, armazenamento, entre outros serviços são pagos, agregando funcionalidades aos serviços básicos já fornecidos;
  • Facebook: rede social gratuita, que inclui aplicativos também gratuitos, mas que oferecem melhorias caso sejam comprados os créditos;
  • Flickr: armazenamento de fotos com limite de espaço. Caso o cliente deseje mais espaço ou velocidade de upload, deve que contratar um plano junto à empresa;
  • ooVoo: programa de vídeo conferência, restringe a chamada de vídeo de apenas um minuto de conversação; para ter mais tempo e poder incluir mais pessoas na conversa seria necessária a contratação de um plano;
  • Sonora: serviço de musica do portal Terra, onde você ouve a música on-line e paga caso deseje baixá-las;
  • CathoOnLine: serviço de currículo on line que oferece 7 dias gratuitos e depois começa a cobrar pelos serviços de compartilhamento e divulgação mensal do mesmo, além de cursos on-line e dicas de formatação de currículo;
  • Musicmatch Jukebox : esse software é desktop e não web, mas é um bom exemplo de softwares não-web que também estão nessa filosofia. Serve para gravação de CDs, conversão de MP3, tem limite de tempo de utilização e limite de quantidades de conversões que poderiam ser feitas. Como os outros, é preciso pagar para ter algo a mais.

Creio que esses são exemplos bem conhecidos. Existem muitos outros, mas essa lista nos dá idéia básica do que realmente é o modelo Freemium.

Um bom exemplo da mudança que essa nova economia traz está no caso de jornais, que correm grandes riscos. Em suas versões digitais, uns oferecem o conteúdo integral, enquanto outros oferecem parte da notícia ou apenas o título de forma gratuita. Apenas assinantes pagantes do serviço de notícias teriam acesso a elas na íntegra.

Apesar de não ser uma situação realmente nova, a era do Freemium traz uma grande dúvida: quem vai querer pagar por algo que antes era gratuito?

Fonte: Imasters

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